Branco

O Inverno quando é branco, não tem nada de triste.

É luminoso.
É frio.
É entusiasmante.
Tem adrenalina.
Tem diversão.
Tem neve.
Tem ski.

Oxford

Conhecida sobretudo por ser uma cidade essencialmente universitária, Oxford apresenta-nos diversos aspectos à medida que a vamos conhecendo.

É indispensável falar na Faculdade de Christ Church, a maior de Oxford, com uma riquíssima colecção de pinturas, um jardim deslumbrante, e uma infindável e impressionante lista de antigos alunos.

Cansados da visita a esta faculdade, atravessamos a rua, e damos de caras com uma pequena loja, escondida a um canto, mas que desperta a atenção pela publicidade à entrada. Depois de alguma perplexidade, entramos, perguntando se a loja terá alguma coisa que ver com a "Alice no País das Maravilhas". De facto, a Alice’s Shop é a loja da personagem criada por Lewis Carroll. Este viveu largos anos em Oxford, travando conhecimento com a família do reitor de Christ Church, cuja filha mais velha, Alice, serviu de inspiração aos seus romances, sendo que a localização da Alice’s Shop é a de uma loja em que a verdadeira Alice fazia as suas compras.

Não acabam por aqui as surpresas, visto que somos levados a uma sala de chá, com vista para a esplendorosa Christ Church, cujas divisões e decorações foram fonte de inspiração para certas situações do livro.

Já descansados, percorremos a cidade a pé, até chegarmos ao famoso Sheldonian Theatre. Com a sua curiosa arquitectura circular, é considerada uma das jóias de Oxford, com razão, já que só a sua vista de fora é impressionante.

Com um interesse arquitectónico de excepção, temos em Oxford, dentro e fora do âmbito da Universidade, várias construções que merecem ser vistas, como a Hertford Bridge, que liga dois edifícios da faculdade de Hertford; e que é uma réplica da "Ponte dos Suspiros".

De repente, ouvimos um relógio... Olhamos para cima e damos de caras com dois engraçados homenzinhos que tocam dois sinos, a avisarem os habitantes e visitantes das horas... Estamos, pois, perante a Carfax Tower, do cimo da qual podemos ter uma vista geral da cidade, incluindo a mais antiga construção desta, a Saxon Tower of St. Michael at the North Gate, edifício do século XI, que fazia parte das defesas da cidade.

Já é tarde, e acabamos a visita por onde devíamos ter começado... vamos portanto, à Oxford Story, uma espécie de visita guiada pela história da cidade, tal como se fora uma atracção de parque de diversões... onde entramos na Idade Média, e saímos na actualidade!

Quase a sair da cidade, lembramo-nos que queremos levar souvenirs para a família e amigos. O melhor sítio para o fazer são as lojas da Universidade, espalhadas por toda a cidade, onde encontramos diversos artigos, desde postais a t-shirts, muitos deles com a seguinte frase:

"The more I study, the more I learn,
The more I learn, the more I forget,
The more I forget, the less I know.
So... WHY STUDY?"



Um beijinho para a Filipa Lopes que nos enviou o texto.

Quem é esse tal de São Valentim?

Percorro com os olhos as capas das revistas de viagens e todas giram à volta do tema das viagens românticas, a propósito do dia 14 de Fevereiro.
A caixa de correio transborda com propostas dos operadores turísticos e companhias aéreas para a tal viagem romântica a dois no dia de São Valentim.
Mas afinal quem é esse Santo?
Não é português, concerteza!
Invenção recente, com fins meramente comerciais, é hoje divulgada como sendo uma data imprescindível nos nossos calendários.

Haverá épocas para uma viagem romântica?
Haverá alguns lugares exclusivos para os românticos?

Bullshit!

Viajar com o nosso amor, com a nossa paixão é bom em qualquer época do ano!
Em quase todos os lugares se consegue usufruir de um clima romântico.
Basta querer.

No dia em que precisarmos de marcar no nosso calendário uma viagem romântica no dia 14 de Fevereiro é porque o romantismo há muito se foi!

É sempre a mesma coisa

O nacional parolismo instalou-se na arquitectura e em Lisboa em especial. Fico encantado que Normam Foster venha fazer um projecto a Lisboa e muitos mais deviam cá vir fazer projectos, mas tratados de igual para igual em termos de burocracias camarárias, observância dos regulamentos, rapidez e critérios sérios na apreciação, HONORÁRIOS...pena é que isso não aconteça e que sejam sempre os mesmos a fazerem os projectos marcantes e com facilidades que nem o melhor adivinho consegue explicar.
E mais uma vez continuamos a assitir à gestão de uma cidade como Lisboa sem critérios, sem uma estratégia de fundo, sem uma ideia geradora e directora...apenas um amontoado de situações (quanto mais visíveis melhor), uma gestão casuística, de situação, de grandes iniciativas reveladores de pequenez...talvez torres como marcos de medíocridade?
Qual será consequência destes grandes gestos?...Talvez um acentuar da fragmentação que se vinha a assistir e que, definitivamente, acabará por destruir o carisma e a "especialidade" de Lisboa.
É um desabafo pessoal mas faz-me confusão tratar uma cidade como Lisboa desta maneira.
Infelizmente como vou acompanhando as coisas de perto, por curiosidade ou por obrigação profissional, faz-me ainda mais confusão...
Talvez formação e informação a mais seja um peso para a análise e o comentário desapaixonado...mas é um peso que vou ter de o carregar....
Mas voltando ao tema.....e sendo este blog um blog de viagens atrevou-me a dizer....vamos rápidamente viajar por Lisboa, pelos bairros mais típicos e pelos mais incaracterísticos, pelo nosso bairro e pelo bairro dos nossos amigos, pelas ruas e pelos prédios, entrar em lojas, espreitar em becos, subir escadas, falar com lisboetas puros, ver cada esquina como se fosse a primeira vez...porque pode ser talvez a ultima...
Vamos procurar ( e memorizar) os nossos prédios favoritos, os jardins mais encantadores, os bons locais para se estar ou para flanar, procurar novos pontos de vista, novos ângulos, novos detalhes, novos petiscos, novas cores, novas paisagens urbanas...porque estão a desaparecer!
Ou pelo menos, para mim, que acho que não me encaixo nesta "desideia" de cidade que este responsáveis pretendem!
Desculpem estes desabafos e não julguem que é um baixar de braços....é apenas mais ânimo para continuar!
Porque não entendo uma cidade, e especialmente Lisboa, sem uma "ideia"!

Fusion Food

A primeira vez que experimentei "Fusion Food" foi em Nova Iorque, quase há 2 anos.
Era um conceito totalmente novo para mim, a arte de fundir comidas vindas de locais diferentes. A fusão entre o melhor que há num tipo de comida com outro, pode resultar em pratos de excepção, que desafiam o paladar dos mais exigentes gourmets.
No "Asia de Cuba" em Nova Iorque (Morgans Hotel - 237, Madison Ave, Tel. 212. 726.77.55), hoje já com restaurantes em Los Angeles e Londres, fundiu-se a comida asiática com a comida cubana. O resultado? Uma experiência a não perder.

Vejo que a Fusion Food tem ganho adeptos pelo mundo dos grandes Chefs, sempre ávidos de novos conceitos e paladares e que têm aberto restaurantes em várias cidades.

Mais recentemente, em Londres, comi um excelente jantar no "Eight over Eight" (392, Kings Road - Tel. 020 7349 9934), onde a fusão se faz entre as comidas orientais: thai, japonesa e chinesa. O resultado é muito bom, porque ao contrário do que possa parecer, estas cozinhas não têm grandes semelhanças.

Agora, gostaria de ir até Florença jantar no "The Fusion Bar", o restaurante do fantástico Gallery Hotel Art.
Experimentar a fusão entre a comida japonesa e italiana, numa das cidades mais bonitas do mundo.

Talvez daqui a pouco, quando começar a Primavera.

Herdade da Matinha

Este é um dos locais que merece um desvio da estrada que liga Cercal do Alentejo a Vila Nova de Milfontes.
A diferença que se pode "sentir" na Herdade da Matinha insere-se numa atitude, levada a cabo pelos proprietários, que a partir de momento da sua instalação neste local, que se encontrava ao abandono, de adaptação e promoção de uma diferente filosofia de vida...
O fundamento deste projecto deve-se à necessidade de adaptação do conjunto edíficado para habitação familiar permanente e exploração como unidade de turismo rural....e ao mesmo tempo de estúdio de pintura de Alfrdo Moreira da Silva, seu proprietário, que aqui vive com a sua mulher e três filhos.
Apenas irei decrever um pouco do que se pode "ver" na Herdade da Matinha...ou resto podem descobrir no site ou indo até lá, que certamente serão bem recebidos....

O velho "monte" e seus acrescentos actualmente funcionam como um todo, integrados na paisagem e envolvente, tanto a nível de volumes, cores e materiais.
A própria reinterpretação contemporânea de alguns elementos, no estúdio de pintura, como os vãos, ou alguns materiais utilizados, imprimem-lhe uma marca de diferença e qualidade numa tipologia que habitualmente é olhada como construção de baixa qualidade e sem categoria, mas que no fundo dignifica uma realidade no panorama construído da paisagem rural portuguesa
Além disto a utilização deste tipo de materiais (madeira, placas OSB, chapas de zinco), confere um carácter temporário e de "portabilidade" à construção.
Com esse carácter provisório procura-se respeitar uma questão fundamental, que se prende com a mínima interferência possível no terreno, tendo o conjunto uma expressão temporária, com a utilização de materiais precários e recicláveis.

A fixação como sua residência permanente, a criação de uma unidade de Turismo Rural e o ambiente de criação e divulgação artística tem contribuído para transformar a Herdade da Matinha num local único, com um ambiente original e atractivo que tem atraído muito visitantes a este local.
Pode-se considerar que as várias valências que a Herdade da Matinha oferece e divulga... o ambiente familiar, a paisagem rural, a singularidade e preservação da construção, a atmosfera de criação artística, o sentido da cultura de produtos agrícolas ecológicos, a escola de cozinha... proporcionando um conjunto de características únicas em todo o Concelho de Santiago do Cacém.
Estas características tem, aliás, sido objecto de variadas reportagens na imprensa escrita, incluindo em televisões estrangeiras (Italiana, Francesa, etc.) além do continuado afluxo de visitantes e de comentário simpáticos que se podem encontrar no site da Herdade da Matinha.
Será uma experiência interessante e mostra que Portugal ainda tem muitos lugares onde sempre se passa ao lado sem se saber o que lá está dentro!

PS: O Alfredo Moreira da Silva inaugura uma exposição dos seus quadros no dia 5 de Fevereiro, na Galeria dos CTT, na Praça D. Luis, junto do Cais do Sodré ...vão lá e sempre é uma maneira de começar a entrar no espírito da Herdade da Matinha!

Catálogos

Como já referi no post "O prazer da Programação" (14 de Julho), as viagens começam a ser vividas no período da preparação.
Muitas continuam a ser um sonho, adiado por uns tempos, por falta de dinheiro, disponibilidade ou condições.
Talvez por isso, vou coleccionando catálogos de viagens que recolhi aqui e acolá, ou mesmo que mando vir pela internet.
De todo o material recolhido, salientam-se os espectaculares catálogos da Abercrombie & Kent.
Agência dedicada ao turismo selecto, produz uns catálogos de invulgar qualidade de papel, fotografia e variedade de ofertas.
Através do site pode-se pedir até 2 catálogos por pessoa, que são expedidos por correio sem qualquer custo.
Desde 1998 que os colecciono e nunca me canso de os "estudar".